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Projeto Escola Nativa dá a chance aos

adultos das ilhas de Belém

 Os jovens e adultos que moram na região das ilhas de Belém agora tiveram a oportunidade de cursar o Ensino Fundamental sem ter que sair da sua comunidade. Em novembro de 2006, a Secretaria Municipal de Educação deu início ao projeto "Escola Nativa", que ofereceu aos alunos alfabetizados curso de equivalência escolar de 1 a a 4a série. Desenvolvido em parceria com a Secretaria Municipal de Economia, o Programa Ama Belém, a Fundação Escola Bosque e o Fundo Ver-o-Sol, o projeto também incluiu oficinas de qualificação profissional voltadas ao desenvolvimento sustentável local. O projeto integrou uma das cinco ações do Programa para o Desenvolvimento Sustentável da Área Insular de Belém, cujo eixo principal é a geração de emprego e renda para os moradores das 43 ilhas que circundam a capital paraense.

 Os cursos atenderam mais de  450 alunos, a maioria deles, jovens.  A Escola Nativa foi um curso acelerado, que contemplou a equivalência escolar de 1ª à 4ª série em um ano. Mas não se trata de uma forma tradicional de supletivo. A partir do cinco mês do curso, eles participam de oficinas de qualificação profissional. 

 Reestruturação - O projeto surgiu a partir do processo de reestruturação do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, iniciada pela Semec em 2005, tendo a perspectiva de que não basta alfabetizar, é necessário dar conseqüência ao ato. Isso porque se constatou que muitos alunos alfabetizados não deram continuidade aos estudos por não se identificarem com o projeto pedagógico do Ensino Fundamental. A Semec solicitou, então, aos 2 mil alfabetizados em 2006 que escrevessem cartas declarando onde gostariam de estudar e como gostariam de ser recebidos. "Entre as cartas enviadas foi identificada uma demanda muito específica, 213 alfabetizados da região insular de Belém lamentavam não poder continuar seus estudos porque não havia escolas próximas às suas casas", diz Lucidéa Santos. Foi realizado um estudo específico para atender a esse público, começando pelas ilhas ao sul de Belém – Combu, Grande, Papagaio, Maracujá e Murutucu –, todas no Rio Guamá, onde se verificou, entre outras informações, as atividades econômicas e as dificuldades do cotidiano das ilhas. ​

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